Anjo mecânico foi tudo que eu esperava e muito mais. Quero deixar claro que, como uma fã dos livros da Cassandra Clare, eu tinha certeza, antes mesmo de ler, que gostaria do livro. Na verdade, estou quase a ponto de dizer que me conquistou mais do que a série inicial – Os instrumentos mortais.Sinopse:Anjo mecânico apresenta o mundo que deu origem à série Os Instrumentos Mortais, sucesso de Cassandra Claire. Nesse primeiro volume, que se passa na Londres vitoriana, a protagonista Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de Sombras quando precisa se mudar de Nova York para a Inglaterra depois da morte da tia. Quando chega para encontrar o irmão Nathaniel, seu único parente vivo, ela descobrirá que é dona de um poder que capaz de despertar uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das forças do submundo.
Will, seu lindo!
O livro inicia com a chegada de Tessa Gray à Londres. Logo no início ela
conhece as Irmãs Sombrias, que alegam estar ali para leva-la até o irmão Nathaniel.
Claramente enganada, Tessa é aprisionada e forçada pelas Irmãs
Sombrias a aprender a usar seu dom especial. Mas essa tortura acaba quando um
Caçador das Sombras – William Herondale - a resgata de lá. Levada para o
Instituto de Londres, Tessa é bem tratada mas ela não se deixa levar pelas
palavras de ninguém. Depois do longo tempo aprisionada e sujeita às maldades
das Irmãs Sombrias, Tessa só consegue pensar que todos estão interessados em
seu poder. Logo vê-se apaixonada por alguém que – aparentemente – não a merece.
Assim como também percebe, tarde demais para voltar atrás, que está cercada de
mistérios e conflitos do Submundo.
Como podem perceber pela minha sinopse – indigna – acima, Anjo mecânico é cheio
de mistérios e seres sobrenaturais, assim como a série Os instrumentos mortais.
A única diferença é a época e o contexto da mesma. Londres vitoriana é um
cenário incrível e, mesmo adorando o cenário de Nova York, acho que prefiro o
contexto da adorável Londres. Tudo aquilo que vemos em filmes está tudo
perfeitamente descrito no livro. As roupas, ruas, casas, festas, costumes..
tudo isso ajuda a levar o leitor para esse cenário incrível. Aliás, isso é
típico dos livros da Cassandra. Ela tem esse dom de fazer o leitor viajar para
junto dos personagens.
Nem preciso comentar que os personagens são todos perfeitos né?
Protagonistas, personagens secundários, vilão.. todos se encaixam perfeitamente
em seus papéis e tem características únicas que te fazem adorar ou odiar logo
de cara. Temos a Tessa, que é uma personagem um pouco ingênua – afinal ela é
uma dama – mas que se mostra forte e decidida a fazer de tudo por aqueles que
ama. Também temos o William Herondale que é aquele personagem que te arranca
suspiros desde a primeira página. E agora deve ser aquele momento esperado em
que vocês devem estar se perguntando “É verdade que o Will é tipo o Jace?”.
Então, certamente o Will te lembrará do Jace – de Os Instrumentos Mortais – mas
será somente devido às suas frases irônicas e ao seu jeito, aparentemente, de
quem não está nem aí com nada. Mas a semelhança para por aí. Jace é um
personagem brilhante, que passa vivacidade para o leitor; enquanto Will se
mostra reservado, fechado para qualquer tipo de sentimento, frio. Claro, ele
tem um motivo, que só é revelado em Clockwork Prince. Mas, apesar de tudo isso,
Will é apaixonante.
Outro personagem importante na trama é Jem, um Caçador de Sombras amigo
de Will. Jem tem um segredo que demora a ser revelado para Tessa, mas isso
acaba os aproximando ainda mais. Jem é aquele personagem cativante, gentil, em
outras palavras, ele é um amor. E, embora já fosse de se esperar um triângulo
amoroso, não é totalmente desenvolvido em Anjo Mecânico. No final da leitura dá para sentir que está
por formar-se o triângulo mas creio eu que será mais desenvolvido em Clockwork
Prince.
Tem vários outros personagens importantes na trama mas não dá para citar
todos. Uma que me chamou a atenção foi Jessamine, que é tão diferente de
Isabelle Lightwood mas ao mesmo tempo me lembra tanto dela. E outro fato interessante
é ver a mistura de vários personagens já conhecidos como por exemplo: Magnus Bane, Camille e a
família Lightwood – embora não apareça os Lightwood que conhecemos mas sim o
seus antepassados. Tudo isto enriqueceu a trama. Mas, obviamente, não foi tudo o que
eu comentei até o momento as únicas coisas que fizeram este livro excepcional.
Novamente venho aqui, testemunhar a perfeição da escrita desta mulher.
Sério, como a Cassandra consegue fazer tudo ficar tão incrível mesmo quando a
trama está tomando um rumo tão triste? Acontecimentos felizes ou não, a Cassandra
escreve tudo com uma profundidade que atinge o leitor bem no seu íntimo. E acho
que foi por isso que gostei tanto desse livro. É bem mais sofrido que Os
Instrumentos Mortais e todos os sentimentos são muito mais profundos também.
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Jem :) |
Enfim, mesmo trazendo o mesmo mundo de Os Instrumentos Mortais, este é
um livro diferenciado. Adorei conhecer novos cenários, novos personagens e
adorei a narrativa marcante da Cassandra Clare. Acho que ainda não arrisco
dizer que esse livro me conquistou mais que TMI mas pelo que li e pelas minhas
expectativas para o segundo livro, provavelmente acabará acontecendo. De
qualquer forma, leiam! Leiam as duas séries pois ambas são maravilhosas. Além
de que, para aqueles que gostam de sofrer com os conflitos amorosos dos
personagens, esse livro é perfeito. Aliás, a Cassandra é fantástica em cravar
facas nos corações dos pobres leitores. E mesmo assim, esses leitores nunca se
cansam, pelo contrário, são sedentos por mais. Que venha Clockwork Prince.
Quero agradecer a Editora Galera Record por ceder o exemplar para leitura. O trabalho ficou incrível com todo aquele brilho típico da série Os Instrumentos Mortais e adorei que tenham deixado no mesmo estilo. Realmente, ficou impecável.
Nota infinita!